É muito comum ouvirmos, em eleições municipais, a seguinte frase: Eu voto na pessoa, não no partido.
Porém, fica cada vez mais nítido que promessas e “pagamento de favores” dentro da esfera municipal vão além da pessoa. Elas chegam aos partidos.
Nos municípios, principalmente nos menos populosos, as pessoas estão mais próximas e votar “pela pessoa do candidato", sem considerar sua história partidária pode ser um equivoco, pois isso pode dizer muito sobre ela e também sobre suas práticas no passado.
Partido Político, no seu sentido axiológico, significa: Uma parte (partido) de pessoas que defendem uma filosofia.
No entanto, parece que alguns grupos partidários simplesmente adotaram como filosofia a fraude, a corrupção, o favorecimento de “amigos" e a leviandade. E isso acaba influenciando o candidato, aquela pessoa que você acha que conhece.
Consequência disso: Eles brigam, de formas até espúrias, para se tornarem os donos da moeda de troca, que muitas vezes vem através de fraudes licitatórias. Tudo pode ser “esquematizado" entre empresas “de mentirinha”: Concretagem, asfalto, softwares internos, cursos, palestras, obras etc. A moeda de troca para apoiar quem está no poder.
Essa troca fere a transparência, a impessoalidade, a concorrência e a igualdade, uma vez que prejudica empresas idôneas que poderiam fornecer serviços com mais qualidade e por preços menores, uma vez que não existe “taxa de administração" nas ofertas.
Quando partimos para a esfera municipal, onde a figura pessoal do candidato se deslocando do partido ao qual ele é filiado, muitas pessoas renegam os fatos por acreditar na pessoa do candidato mas, como dito acima, o histórico dele e o comportamento com o trato público, pode identificar muita coisa.
Por vezes a pessoa muda de partido não por filosofia, mas por apoio, cargos ou facilidade de coligações. Nega-se o partido anterior com a mesma naturalidade de quem reza dez ave marias e está perdoado; muda-se de discurso como quem muda de roupa.E assim caminham os diretórios municipais, para aonde o vento sopra!
Precisamos ligar as pessoas aos seus partidos e mais ainda, ligar as pessoas ao que fizeram com o seu partido.Partido não deveria ser trampolim, não deveria uma roupagem apenas para camuflar velhas práticas. Mas, se você vota apenas na pessoa, avalie o seu passado na esfera pública, como se comportou e se mudou suas convicções. Mudar de opinião não é pecado, desde que junto com a opinião mude-se as atitudes.
Por quais partidos andou o seu representante de hoje?
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