Já não é novidade que uma das grandes estratégias do Executivo do município é manter o grande apoio de alguns meios de comunicação da cidade, é uma maravilha, você literalmente não lê e não ouve noticia ruim.
Mas noticia ruim para quê? O Brasil esta tão complicado não é? Vamos divulgar coisas boas; afinal. Então divulga-se pintura de poste, de muros, tapa buracos, viagens e até a troca de areia de parquinhos da cidade foi ostentada como a verdadeira edificação do Taj Mahal! Rotinas do serviço público que sempre existiram e sempre foram bem executadas, e ao meu ver, agora “gourmetizadas”.
Nessa linha de divulgação, a população acaba ficando alheia sobre coisas que afetam negativamente seu cotidiano, e assim, não ficou sabendo que a mesma mazela que está minando o governo federal está acontecendo aqui, no município. E olha que essa mazela é criticada pelo mesmo grupo quando acontece lá - em Brasília – mas aqui, é normal e não há qualquer problema!
E qual é a mazela que mais vem trazendo críticas ao Governo Federal? Aumento de imposto. E você definitivamente não viu, mas através da Lei Complementar 256/17, o Executivo alterou a tabela do Imposto Sobre Serviços do município, o famoso ISSQN.
Em um “pequeno” anexo de 11 laudas, praticamente todas (senão todas) as atividades do município tiveram suas alíquotas reajustadas, tais como: Veterinário, corretor, serviços de artistas, assistência social, dentistas, informática, factoring, palestras, construção, etc. A lista é bem longa.
Em vários casos, a alíquota passou de 2 para 5 por cento, parece nada não é? Mas em termos de aumento real, isso representa 150% (cento e cinquenta por cento), uma pancada para o profissional liberal que já sofre com a crise do mercado e hoje clama por uma redução da carga tributária.
Isso é um ponto que causa estranheza, pois colocar a alíquota do ISS em seu patamar máximo em uma época de estrangulamento do pequeno profissional é péssimo, e aliás, vai contra o que a administração do município vem pregando. Mas, é aquele negócio... Se ninguém viu, ninguém reclama.
A ironia é que para as novas empresas que se instalarem no município (assim esperamos), serão dados benefícios fiscais que – adivinhem – incluem uma redução de 5 para 2 por cento na alíquota do ISS, ou seja, aumenta para que já está no município e finge que reduz para quem chega. Presente de Grego!
Não é uma noticia boa, infelizmente, e a falta de divulgação e debates sobre esse aumento mostra que estamos em uma era de controle muito forte do que se faz e do que se divulga, salvo apenas os ratos de legislação (como eu) que ficam olhando essas coisas bobas e sem importância para o povo. Oras bolas!
Em um cenário onde se discute uma reforma tributária e o centro das questões é o peso do estado sobre a inciativa privada, estamos literalmente, na contramão.
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