Muitos jovens no mundo estão vivendo uma era de abundância jamais alcançada na história da humanidade. A juventude dos países mais desenvolvidos encontram com muita facilidade supermercados com prateleiras fartas, a qualquer hora, com preços bastante acessíveis. Jovens, vocês estão vivendo um momento bastante privilegiado.
Isso pode dar uma falsa sensação de que toda essa abundância sempre existiu e sempre vai existir. E por essa sensação é que muitos olham para o sistema e pensam: Se temos essa abundância, por que não dividir? Por que não colocar o Estado equilibrando as coisas e distribuir tudo isso?
Pensar assim é bastante tentador, de fato, mas também é um erro básico de quem não conhece bem economia e história.
Um dos maiores economistas do século passado, Schumpeter, já havia identificado essa tendência dentro de um sistema capitalista. Ele se preocupava com a hipótese de que as pessoas mais jovens, vivendo sob a opulência, passariam a ver essa situação como um fato consumado, e assim, preparariam o terreno para sua própria destruição, clamando pelo socialismo.
Seu argumento, de maneira resumida, diz que uma economia de mercado, com indivíduos fortemente empreendedores, gera um grande crescimento econômico e aumenta acentuadamente o padrão de vida das pessoas. Ironicamente, no entanto, essa sociedade se torna tão próspera e tão inovadora, que passa a ignorar a fonte de toda a sua riqueza, dando-a como natural, corriqueira e automática. Essa sociedade se esquece de como a economia de mercado é frágil.
As pessoas começam a acreditar que os mercados — e a ordem social e cultural que os mantém funcionando — são ineficientes e precisam da atuação estatal para melhorar a distribuição de tanta abundância.
Com o tempo, a sociedade acaba abraçando idéias socialistas.
Falando mais coloquialmente, nós nos tornamos gordos e preguiçosos, e passamos a ficar obcecados com a ideia de distribuição de riqueza e não com os pilares sobre os quais sua criação é possibilitada. E é a partir daí que as tragédias começam a ocorrer.
O socialismo, onde quer que tenha sido tentado, desde a União Soviética em 1917 até a Venezuela atual, foi um desastre total, não importa quais eram as intenções originais. Socialistas sempre prometeram igualdade e abundância, mas em vez disso, sempre entregaram tirania e inanição.
Como disse Thomas Sowell, "O histórico de desastres do socialismo é tão óbvio, que somente intelectuais poderiam ignorá-lo".
Os conteúdos publicados por colunistas ou visitantes no Portal Cordero Virtual não expressam a opinião do Portal Cordero Virtual, sendo de responsabilidade de seus autores.
Clique aqui e veja os Termos e Condições de Uso do Portal Cordero Virtual.