Estou realmente sensibilizado com o resultado da eleição da Argentina, e antes que digam que estou sendo provocador, não estou. Realmente me sensibilizei. Trata-se de um belo país, de um povo que, apesar das rivalidades no futebol com o Brasil, sempre foi receptivo e cordial com nossa pátria.
Engana-se quem acha que os problemas do nosso vizinho nasceram com Mauricio Marcri. Até 1950, eles tinham o maior PIB per capita do planeta e foi o único país rico do mundo a empobrecer depois de décadas de Peronismo e Kirchnerismo.
Mas sobre a eleição recém passada, só me resta dizer o que acho: A Argentina morreu desta vez!
Mauricio Macri não foi derrotado apenas nas urnas, ele foi derrotado como cidadão Argentino. Ele lutou durante todo o seu mandato para implantar as reformas necessárias para que a Argentina retomasse o crescimento e mudasse o rumo decadente que ele assumiu da era Kirchner, de 2007 a 2015.
Encontrou muita resistência do parlamento, não teve pulso para impor reformas necessárias, se fez mediano entre o populista e o conservador. O resultado da falta de coerência entre discurso e atitudes foi sentido nas urnas.
O que a Argentina nos deixa como aprendizado? Ela ensina que sempre poderemos errar novamente.
Nesse sentido, é crucial entender que aqui existe urgência nas reformas tributária e política. Não podemos deixar o discurso Argentino contaminar os caminhos que precisam ser trilhados. É preciso crescer e retomar a prosperidade, pois não podemos, daqui a 3 anos, flertar com os erros do passado novamente.
Infelizmente, a posição antagônica entre nosso Presidente e o eleito argentino Alberto Fernandez (que gritou Lula Livre em seu discurso de vitória) poderá prejudicar os negócios e as exportações, sempre lembrando que a Argentina é hoje nosso 3º parceiro comercial em importância.
Os outros reflexos da eleição Argentina poderemos sentir com a transição do governo por lá, mas já pelo início, não serão bons reflexos.
De pronto, o Banco Central Argentino, para proteger as reservas que vêm despencando, restringiu a compra de dólares a US$200,00 por pessoa a cada mês. ISSO MESMO, US$200/MÊS POR PESSOA. Racionamento absoluto! O dia de amanhã é bastante obscuro para os argentinos.
Essa guinada populista nos trilhos do nosso vizinho pode nos afetar em curto prazo mas, com a blindagem certa de nossa política econômica, podemos nos proteger de um eventual contágio no longo prazo.
Não podemos mais errar aqui no Brasil. Seria fatal.
Os conteúdos publicados por colunistas ou visitantes no Portal Cordero Virtual não expressam a opinião do Portal Cordero Virtual, sendo de responsabilidade de seus autores.
Clique aqui e veja os Termos e Condições de Uso do Portal Cordero Virtual.