Algumas coisas divulgadas pela administração podem confundir o cidadão desavisado que não acompanhou as últimas novidades legislativas. Uma dessas divulgações confusas é a primeira meta dos 70 anos da NOSSA cidade que NÓS amamos.
Estão chamando uma UPAM de Hospital. (o senhor Dr. Luiz Cardinalli ficaria ofendido), mas você sabe o porque disso?
Vamos lá...
Impressiona a quantidade de pessoas que ainda não sabem que o HMC, - vulgo “hospitalzinho” - foi extinto. Isso mesmo! Ele não existe mais.
A lei que extinguiu o HMC foi a LC 239/17, de iniciativa do prefeito, que revogou a lei de criação do HMC, a 1569/89 (28 anos).
Para uma administração que criticou a extinção de duas secretarias na gestão passada (e criou-as novamente), extinguir um hospital inteiro - com 28 anos de história - é um retrocesso pesado. Mas de qualquer forma, foi feito e vamos ter que conviver com isso.
A realidade é que com a sua extinção, hoje temos uma UPA (unidade de pronto atendimento), sistema criado para ajudar a diminuir as filas em prontos-socorros de hospitais de verdade. Mas o interessante é que a administração simplesmente não assume isso e insiste em dizer que a cidade ainda tem um Hospital.
Prova disso é que a primeira meta dos 70 anos foi descrita como: “UPAM – Unidade de Pronto Atendimento Municipal – o hospital de cara nova”.
Não é mais um hospital, é uma UPA; sem rodeios. (ou melhor, em agosto).
Eu não sei se é para esconder a extinção da Autarquia ou se é puro marketing para provar aos cidadãos de que o hospital ainda está lá, como sempre esteve em 28 anos. Mas uma coisa é certa, as divulgações de que o HMC será reformado, que o HMC atende bem, que o HMC é moderno, são muito mais intensas do que a divulgação de que ele foi extinto e hoje temos, em definitivo, uma Unidade de Pronto Atendimento Municipal – UPAM.
Eu penso que foi um grande passo – para trás – a extinção do HMC, a estrutura poderia ter sido modernizada, ampliada, preparada e, mais importante, legalmente e financeiramente trabalhada, para realente termos um hospital que pudesse atender a cidade e (por que não?) as cidades vizinhas, se tornando referência como de fato outras cidades do mesmo porte da nossa estão se tornando.
O argumento: Era um cabide de emprego e só dava gastos. Duas ponderações: a) Cabide de emprego é relativo, basta olhar bem em volta e; b) saúde é para dar gastos e sempre dará, senão se chamaria “vida longa e próspera”.
Mas decidiu-se por retroagir, encolheu-se apagar uma história de 28 anos e, para amenizar o impacto e, de uma forma ou de outra, tentar fingir que o HMC ainda existe.
É uma boa técnica de marketing para combater o próprio marketing, que insiste em apresentar como novo o que já – infelizmente nesse caso – é coisa do passado em nossa cidade.
O HMC não existe mais!
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