Com a descoberta, através da brilhante contribuição do jornal “Diário do Rio Claro”, que reproduziu, na sua edição do último sábado, capa de 13 de junho de 1970, onde, dentre outras manchetes, se destacou a inauguração do Estádio Municipal da Vila Nova Brasília, resolvemos tratar neste espaço dos esforços realizados pelas administrações municipais de Cordeirópolis para a viabilização dos três campos de futebol da cidade.
A primeira referência neste sentido é a edição da Lei nº 537, de 4 de setembro de 1968, que desapropriava uma área de terras onde estava situada a Praça de Esportes Dr. Huberto Levy, criada anos antes em um terreno particular de propriedade da família. A desapropriação foi efetivada em nome de Johanna Graciela AmEnde Levy, viúva do homenageado, e que era conhecida como “Dona Loni Levy”, cujo nome está em uma rua do Jardim Bela Vista. Para execução desta lei, foi editado o Decreto nº 144, de 12 de dezembro de 1969, que declarava de utilidade pública a área de aproximadamente meio alqueire (12.100 m2) onde ele estava localizado.
Com relação ao outro estádio, que, como vimos, foi inaugurado em 1970, a Lei nº 544, de 3 de outubro de 1968 abre crédito para a construção, isto é, libera recursos do orçamento municipal para uma obra específica. Alguns meses depois, em 22 de maio de 1969, a Lei nº 593 abre mais um crédito para as obras de construção do Estádio Municipal de Esportes na Vila Nova Brasília. Passados mais alguns meses, abre-se outro crédito especial com o objetivo de “prosseguir as obras de conclusão das Praças de Esportes Municipais”, que compreendiam tanto este campo como o do Bairro do Cascalho.
Em 3 de junho de 1970, na reta final dos trabalhos, a Lei nº 663 autoriza a abertura de crédito para o prosseguimento das obras do Estádio Municipal de Esportes da Vila Nova Brasília. Mesmo após sua inauguração, ainda houve necessidade de mais uma lei, a de nº 667, de 17 do mesmo mês, para cobertura das despesas com a construção.
Alguns anos depois, através do Decreto nº 261, de 22 de maio de 1973, foi desapropriada uma área de terras de propriedade de Antonio Zonta, para “ampliação das dependências da praça de esportes da Vila Nova Brasília”, mas não encontramos informações posteriores para comprovar se isto foi feito. Depois de alguns anos, o local foi denominado “Estádio Muncipal João Ronchezelli” pelo Decreto nº 410, de 28 de maio de 1976.
Quanto ao Bairro do Cascalho, a Lei nº 539, de 4 de setembro de 1968, abriu crédito para a construção do Estádio Municipal daquele local. Interessante é que os recursos para a execução desta obra, de forma nunca vista na história administrativa da cidade, foram provenientes da venda de um imóvel público, através da Lei nº 515, de 14 de março deste ano. O imóvel se tratava de uma casa com sete cômodos com galpão e instalações sanitárias, em uma área de 2.275 m2, um polígono de 35 metros de frente para a antiga “estrada estadual Limeira-Rio Claro” com 65 metros da frente aos fundos.
Esta área tinha sido adquirida através da Lei nº 19, de 18 de fevereiro de 1950, com o objetivo de ser adaptado para o funcionamento das escolas existentes. O imóvel foi liberado quando da construção do novo prédio da atual “EMEIEF Prof. Jorge Fernandes”, viabilizada por auxílio financeiro do Governo Federal em 1966.
No caso do Bairro do Cascalho, a exemplo do estádio municipal da Vila Nova Brasilia, em fevereiro de 1970 abre-se um crédito especial para “prosseguimento das obras de conclusão da Praça de Esportes Municipal” do local. Ainda não sabemos qual foi a data da inauguração oficial deste campo, o que esperamos que seja conhecida quando for mostrada nas edições do “Diário do Rio Claro”. Posteriormente, o local foi denominado “Estádio Municipal Geraldo de Souza Barboza”.
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