Um vaso e sua flor-de-maio. A preferida do meu pai, por ser a favorita da minha avó, que poderia ser também o xodó da mãe dela. Difícil saber de onde remonta essa hegemonia botânica nos quintais da família. Vinga na sombra, no estio do outono, com pouco se basta.
Hoje outras flores nos vasos de bronze, sobre o granito marrom. Do pai, a cama permanente com vista para a serra. Dentro, crisântemos. Fora, o choro que dá rega - de tanto e tão sentido, sincero e derramado. Pai vaso eterno, de titânio. Recipiente e pilar do mundo.
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