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 Ping-Pong: a origem - Portal Cordero Virtual

Ping-Pong: a origem

18/07/2023 10:37:39
A história atribui a invenção do tênis de mesa aos ingleses, por volta de 1880. Consta que o proverbial mau tempo britânico é que inspirou sua origem – em ambiente ao abrigo da chuva e sobre uma mesa de snooker, com livros fazendo as vezes de raquete e um barbante como rede.

Mas, na verdade, a coisa não foi bem assim. Hoje se sabe que aquele que acabou se transformando em esporte olímpico era, em seu embrião, o equivalente ao “paredão” do tênis, no qual o praticante fica batendo bola sozinho contra um muro, sem adversário.

A este monótono e solitário passatempo doméstico se deu o nome de “Ping” – em alusão ao chinês que o concebeu, Ping Huang, provavelmente ao redor do ano 40 antes de Cristo, ou seja, 1920 anos antes da data que os ingleses alegam como tendo sido o parto do esporte.

Setenta e quatro anos mais tarde, Pong Wei, um outro chinês de imaginação fértil e agudo senso de observação, nascido nos arredores de Xangai, teve o lampejo de bater a marreta na parede, agregar ao jogo um segundo participante – até porque os jogos em geral assim o exigem – e situar a peleja sobre a mesa de jantar dos Pong, não sem antes dividi-la com uma rede de aproximadamente 15 centímetros de altura, para dificultar um pouco o negócio.

Foi quando o já consagrado Ping ganhou seu complemento Pong, alastrando-se pela imensa China tal qual rastilho de pólvora – por sinal, outra invenção chinesa.

Que sacada: “Ping-Pong”. Nome sonoro, fácil, comercialmente fabuloso, facilmente reconhecível. E atribuindo, logo no batismo, o compartilhamento de autoria entre os dois engenhosos chineses.

Ninguém sabia disso até hoje? Não, ninguém sabia. E méritos sejam dados aos descendentes dos dois inventores, que foram suficientemente modestos para só discutirem a questão dos direitos autorais milênios mais tarde, ocasião em que chegaram a um acordo amigável perante um juiz de Pequim.

Perdão por ter prendido você até aqui por conta deste episódio de cultura inútil. Ou devaneio nonsense, se preferir – o que é muito mais provável.

Esta é uma obra de ficção

© Direitos Reservados

Imagem: unsplash.com
 Consoantes Reticentes - Portal Cordero Virtual
Consoantes Reticentes
Por: Marcelo Pirajá Sguassábia
Humor, nonsense e sátira. Junte a isso algumas incursões no universo onírico. É esse mais ou menos meu estilo: o não-estilo definido. Sou redator publicitário, pianista diletante, beatlemaníaco fanático e amante de filmes e livros sobre viagens no tempo.
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