Força e gratidão aos abnegados maricas, estes heróis anônimos que bravamente perseveram no isolamento doméstico. Que insistem no despropósito de pensar no próximo e na saúde coletiva.
Bravo, maricas, bravo. Ainda que brucutus aparvalhados, com sua retórica de ocasião, desmereçam seu sacrifício logo ao romper da Alvorada, entrincheirados em cercadinhos a defecar nos microfones.
Ainda que inconsequentes sem máscara se aglomerem por raves, bailes funk, botecos, orlas e saldões de ovos de Páscoa. Conscientes do perigo, assassinos e ao mesmo tempo suicidas de caso pensado, espalhadores da praga e receptores do caos.
A vocês, maricas incorrigivelmente desmunhecados, a ordem do mérito por bravura. Por aceitarem o sacrifício do campo de concentração para que napoleões de hospício saiam por aí de arminha em punho, atirando a esmo e à toa com sua pólvora de chabu.
Esta é uma obra de ficção.
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