Com a chegada do inverno, a queda das temperaturas e o ar mais seco afetam diretamente a saúde do corpo, tanto externa quanto internamente. A estação exige uma revisão na rotina de cuidados, já que o frio e a baixa umidade comprometem a hidratação natural do corpo, deixando a pele mais sensível e favorecendo o surgimento de doenças respiratórias.
Clima seco e os impactos na pele
Durante o inverno, a redução da umidade prejudica a proteção natural da pele. O resultado é um ressecamento generalizado, especialmente em áreas mais expostas ou de maior atrito, como lábios, mãos, cotovelos, joelhos e pés. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a pele perde mais água nesse período, por conta da menor produção de sebo, que atua como um lubrificante natural.
“Com a diminuição das temperaturas, é comum tomarmos banhos mais quentes e demorados, o que agrava o ressecamento. A pele perde a camada lipídica protetora, e isso pode causar coceiras, rachaduras e até eczemas”, informa a SBD, em seu site oficial.
Adaptação da rotina de cuidados
Não só os cremes que mudam com o clima, as rotinas de cuidados com a pele precisam ser diferentes das que costumam ser adotadas no verão, priorizando a hidratação profunda, mas sem abrir mão da limpeza suave e da proteção solar, ainda necessárias em dias nublados.
Para a médica Isabel Martinez, pós-graduada em cosmetologia, em entrevista ao site Vida Simples, a combinação de limpeza suave, hidratação intensa e reforço da barreira lipídica pode auxiliar na proteção da pele durante esse tempo. Ela recomenda o uso de sabonetes que não removam os óleos naturais da pele, além de hidratantes ricos em ceramidas e glicerina. Esses ingredientes ajudam a manter a pele hidratada e protegida contra o ressecamento.
“Mesmo as peles oleosas podem ressecar, portanto, não devem ser negligenciadas. A recomendação é utilizar produtos adequados ao tipo de pele, evitando sabonetes agressivos e adstringentes em excesso”, complementa a médica.
Isabel também ressalta a importância de evitar tomar banhos ou lavar a pele com água muito quente: “banhos muito quentes podem remover os óleos naturais da pele, contribuindo para o ressecamento”.
Outra dica é aplicar o hidratante com a pele ainda úmida, logo após o banho, para aproveitar a maior capacidade de absorção dos ativos. Além de cremes mais densos e até o uso de óleos hidratantes, é importante lembrar das áreas que mais sofrem no inverno, como mãos e boca. Por exemplo, manter um
hidratante labial sempre por perto ajuda a preservar a maciez dos lábios e a evitar desconfortos como ressecamento e rachaduras.
Mudança de dentro para fora
Um dos erros mais comuns no inverno é negligenciar a ingestão de líquidos. Com a menor sensação de sede, muitas pessoas acabam consumindo menos água, o que afeta diretamente a hidratação da pele. Beber água regularmente é um passo importante para manter a elasticidade da pele cutânea e sua hidratação.
Além disso, uma alimentação rica em antioxidantes, vitaminas e ácidos graxos essenciais também contribui para uma pele mais saudável. Frutas, vegetais, oleaginosas, peixes ricos em ômega-3 e alimentos com vitaminas C e E estão entre os aliados da saúde cutânea e geral. Esses nutrientes combatem os radicais livres, reduzem inflamações e promovem a renovação celular.
Cuidar da pele e da saúde no inverno não é complicado. Porém mais importante do que adotar novos produtos é manter uma rotina constante e coerente com as necessidades do corpo.