José tem sete anos e está no primeiro ano do Ensino Fundamental. Ele é Surdo, então conta com o apoio da intérprete de Libras para acompanhar as aulas, mas ele não é o único a se comunicar usando a linguagem de sinais.
Para ninguém ficar de fora, todos os seus colegas de turma aprendem a Linguagem Brasileira de Sinais, e assim podem conversar e brincar com o José. Além dele, a aluna Emanuelly, de 10 anos, também se comunica através de Libras, e assim essa cultura e conhecimento é passada para todos os alunos do período da tarde da Escola Amália.
De acordo com a intérprete e pedagoga, Diene Ramalho, essa é uma forma de promover a inclusão em sala de aula, ensinando aos ouvintes o mundo da Pessoa Surda. “Tanto o José quanto a Manu sentem orgulho da sua identidade, e as crianças os recebem com muito carinho”, comenta Diene.
SETEMBRO AZUL
E o mês de setembro, em especial, foi todo dedicado à luta pelos direitos da Comunidade Surda. Por isso, foram organizadas diversas atividades, dentro e fora da escola, como a reunião que ocorreu no último domingo (26), em que Pessoas Surdas do município receberam cartinhas escritas pelos alunos da Escola Amália.
Essa é a primeira vez que Cordeirópolis comemora esta data, e para Diene esse é um marco importantíssimo para toda a comunidade. “Nós podemos criar uma cultura que aceita a diversidade, e assim acolher os Surdos para que vejam que fazem parte da nossa sociedade”, explica a intérprete e pedagoga.