Sonhamos em ter uma casa, um espaço agradável, confortável e seguro, não é mesmo?
Assistindo ao Programa “Lar Doce Lar”, do “Caldeirão do Huck”, me identifiquei com o sonho de Lisandra, uma deficiente visual.
Luciano Huck, junto com sua equipe, reformou a sua antiga casa, para uma totalmente acessível: com corrimão ao redor da casa, barra de identificação de cômodos, fogão que não queima a mão, máquina de escrever em braile, e ganhou até um cão-guia para ajudá-la na locomoção.
Então pensei em minha casa, nas minhas dificuldades, e nas outras pessoas também: como os idosos, cadeirantes, enfim...
De que adianta um espaço acessível, se nós não estivermos adaptados a nossa dificuldade, as aceitarmos. Brinco que nossa vida é uma eterna adaptação, temos sempre um desafio a enfrentar.
O que aprendi com Lisandra é que a deficiência visual não a cegou dos seus sonhos. Ela faz muitas coisas, é uma atleta, e conhece seu potencial e suas limitações. Acho que temos muito que aprender com ela, não é?
Sonhamos em ter mais autonomia e independência, independente do corpo e das limitações que temos. Todos sem exceção, eu e você, queremos crescer e evoluir.
Em alguns casos e situações isso é realmente possível, outros nem tanto. Mas podemos decidir melhorar sempre, mesmo que seja um pouquinho de cada vez. Esse é um bom começo, para no final podermos nos orgulhar do que somos e tudo que conquistamos.
A casa acessível começa dentro da gente, arrumando cada cômodo, decorando cada espaço, escolhendo o melhor que temos, para viver neste mundo tão desafiante e tão encantador.
Que tal começar colocando um sorriso no rosto e encantar a vida de outras pessoas?
“Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.”
Fernando Pessoa
SEJA FELIZ!!! Um pouquinho de cada vez, mas sempre.
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